LULA NÃO É A OPOSIÇÃO EXTREMA AO BOLSONARO
por Pietro Nardella-Dellova
Amigos
e amigas, diferentemente do que a rede midiática apresenta (como ração diuturna
e idiotizante!), o sr Bolsonaro não é a oposição ao sr Lula. Lula não é a
oposição ao Bolsonaro e, ambos, não estão em polos extremos. Só um imbecil pode
pensar isso, e somente um imbecilizante (como a rede midiática) pode propor
esta asneira.
Bolsonaro
é, pelas suas falas e comportamentos, um fascistóide, um racista, um
homofóbico, uma misógino e faz apologia ao estupro (dois desses crimes já o
tornaram réu e denunciado no STF!), além de ser um fulano sombrio sem qualquer
condição intelectual, moral e ética para propor qualquer tipo de diálogo
político. Bolsonaro é de extrema Direita, e seria pleonasmo
vicioso dizer: “extrema Direita burra”!
Lula,
por sua vez, neste momento, tem contra si uma pesada Sentença criminal em
Primeira Instância (13ª Federal de Curitiba), agora em processo de Segunda Instância. A mesma foi confirmada pelo TRF-4, esperando, ainda, a as Decisões do STJ e STF a respeito. Só há DUAS Instâncias no sistema judiciário
brasil(eiro): Juízo singular e Juízo colegiado (em fases). Talvez os crimes atribuídos a Lula sejam finalmente provados, e a Sentença
definitivamente confirmada, o que o torna um (constitucionalmente!) condenado
(Art. 5º, LVII, CF/88) e legalmente não candidato. Mas, concordamos todos, Lula
não é de extrema Esquerda (nem na lua!) e, há dúvidas razoáveis de que seja
sequer de Esquerda: tudo indica, pelos seus dois governos, que ele está muito
mais ao Centro, um típico social-democrata! De qualquer forma, sabemos que contra ele não pesa acusação
(investigação ou denúncia) de racismo, misoginia, homofobia, estupro ou apologia
ao estupro etc... Os crimes a ele atribuídos, se forem provados, o tornarão criminoso
em outra área!
Uma
eventual candidatura de Bolsonaro não tem a de Lula como seu oposto – isso é
ridículo! O perfil dos eleitores de Bolsonaro é marcado por um desespero
doentio, por uma represada misogia, homofobia, moralismo, autoritarismo, e ódio
explícito por qualquer movimento social emancipatório. Bolsonaro é isso, e
desperta isso, pois seus eleitores não têm qualquer perspectiva na política,
aliás, qualquer perspectiva em uma sociedade civilizada e democrática, mas,
aprisionados ao próprio abismo de ódio e de rancor, apoiam-no para fazer valer
o abismo, o ódio e a violência.
O
que está no oposto extremo de Bolsonaro, aliás, o que disputa com ele as
eleições?
No
oposto a Bolsonaro, estão os votos nulos, brancos ou não votos. É a mesma
entidade que ganhou de Dória na Eleição à Prefeitura de São Paulo (e vai ganhar
outra vez, agora, na disputa ao governo estadual!). Os votos brancos, nulos e
não votos, opõem-se à política, e ao estado terminal da política brasil(eira),
mas não carregam ódio ou rancor (no máximo, caracterizam-se pela indiferença irresponsável!).
Os brancos, nulos ou não votos, assim como os eleitores de Bolsonaro, vêem na
política (e na Eleição) algo sem sentido, mas, diferentemente dos eleitores de
Bolsonaro, os brancos, nulos e não votos, não querem destruir ninguém, não
querem espancar ninguém, não querem estuprar ninguém nem fazem qualquer
apologia à tortura ou culto aos militares.
É
isso. De um lado, há desesperados, plenos de ódio e abismo, com (e por) Bolsonaro.
Na outra ponta, há a entidade de "brancos, nulos e não votos". Fora
disso, Lula, Alckmin (seria melhor, quem sabe, FHC), Ciro Gomes, Marina, Álvaro
Dias, e alguns poucos outros candidatos, estão mais ao Centro, com pouca (mas,
alguma) variação na política econômica e variação nas políticas públicas entre
eles.
Pietro
Nardella-Dellova
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