O RELIGIOSO OU RELIGIOSA COMO MINISTRO DE ESTADO
(por Pietro Nardella-Dellova)
A questão não é uma "evangélica" assumir um posto em qualquer Ministério, mesmo no Ministério da Educação ou "da Mulher", como não seria um problema qualquer "judeu, católico, muçulmano, candomblecista, umbandista, kardecista, budista, hinduísta ou ateu" assumir tal e qual posto.
A questão é o quanto um religioso ou ateu quer levar para a esfera pública, especialmente para um Ministério, os "valores" e "crenças" que, na esfera privada, inspiram-no ou o formam.
Porque há um limite! O espaço público não é o lugar para questões morais ou religiosas, nem mesmo ateias, mas para a ética. A ética deve ser o "modus" e, neste sentido, é a ÉTICA CONSTITUCIONAL (princípios, objetivos, direitos e garantias individuais e coletivos e outros valores constitucionais, diretos ou indiretos) que deve prevalecer.
O Presidente da República, e seus Ministros; o Legislativo, o Judiciário e quaisquer serviços públicos (incluo a Sala de Aula que é, não importa se oferecida pelas Instituições públicas ou privadas, sempre pública), enfim, todos e tudo, deve existir, mover-se, pensar, debater, decidir, administrar, legislar e julgar, em respeito absoluto à Constituição e só!
A Bíblia, o Corão, o Livro de Mórmon, o Livro dos Mortos, a Torá, os Profetas, os Salmos, as Cartas de São Paulo, São Pedro, São João, o Apocalipse e qualquer outro Livro religioso, deve ser mantido na esfera PRIVADA - e nada mais. Porque, na esfera PRIVADA, o livro religioso é "bacana" e interessante, mas na esfera pública, é uma arma contra todos e todas!
(Pietro Nardella-Dellova)
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