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ברוך ה"ה







domenica 29 aprile 2018

LULA NÃO É A OPOSIÇÃO EXTREMA AO BOLSONARO, por Pietro N-Dellova




LULA NÃO É A OPOSIÇÃO EXTREMA AO BOLSONARO
por Pietro Nardella-Dellova
 

Amigos e amigas, diferentemente do que a rede midiática apresenta (como ração diuturna e idiotizante!), o sr Bolsonaro não é a oposição ao sr Lula. Lula não é a oposição ao Bolsonaro e, ambos, não estão em polos extremos. Só um imbecil pode pensar isso, e somente um imbecilizante (como a rede midiática) pode propor esta asneira.

 

Bolsonaro é, pelas suas falas e comportamentos, um fascistóide, um racista, um homofóbico, uma misógino e faz apologia ao estupro (dois desses crimes já o tornaram réu e denunciado no STF!), além de ser um fulano sombrio sem qualquer condição intelectual, moral e ética para propor qualquer tipo de diálogo político. Bolsonaro é de extrema Direita, e seria pleonasmo vicioso dizer: “extrema Direita burra”!

 

Lula, por sua vez, neste momento, tem contra si uma pesada Sentença criminal em Primeira Instância (13ª Federal de Curitiba), agora em processo de Segunda Instância. A mesma foi confirmada pelo TRF-4, esperando, ainda, a as Decisões do STJ e STF a respeito. Só há DUAS Instâncias no sistema judiciário brasil(eiro): Juízo singular e Juízo colegiado (em fases). Talvez os crimes atribuídos a Lula sejam finalmente provados, e a Sentença definitivamente confirmada, o que o torna um (constitucionalmente!) condenado (Art. 5º, LVII, CF/88) e legalmente não candidato. Mas, concordamos todos, Lula não é de extrema Esquerda (nem na lua!) e, há dúvidas razoáveis de que seja sequer de Esquerda: tudo indica, pelos seus dois governos, que ele está muito mais ao Centro, um típico social-democrata! De qualquer forma, sabemos que contra ele não pesa acusação (investigação ou denúncia) de racismo, misoginia, homofobia, estupro ou apologia ao estupro etc... Os crimes a ele atribuídos, se forem provados, o tornarão criminoso em outra área!

 

Uma eventual candidatura de Bolsonaro não tem a de Lula como seu oposto – isso é ridículo! O perfil dos eleitores de Bolsonaro é marcado por um desespero doentio, por uma represada misogia, homofobia, moralismo, autoritarismo, e ódio explícito por qualquer movimento social emancipatório. Bolsonaro é isso, e desperta isso, pois seus eleitores não têm qualquer perspectiva na política, aliás, qualquer perspectiva em uma sociedade civilizada e democrática, mas, aprisionados ao próprio abismo de ódio e de rancor, apoiam-no para fazer valer o abismo, o ódio e a violência.

 

O que está no oposto extremo de Bolsonaro, aliás, o que disputa com ele as eleições?

 

No oposto a Bolsonaro, estão os votos nulos, brancos ou não votos. É a mesma entidade que ganhou de Dória na Eleição à Prefeitura de São Paulo (e vai ganhar outra vez, agora, na disputa ao governo estadual!). Os votos brancos, nulos e não votos, opõem-se à política, e ao estado terminal da política brasil(eira), mas não carregam ódio ou rancor (no máximo, caracterizam-se pela indiferença irresponsável!). Os brancos, nulos ou não votos, assim como os eleitores de Bolsonaro, vêem na política (e na Eleição) algo sem sentido, mas, diferentemente dos eleitores de Bolsonaro, os brancos, nulos e não votos, não querem destruir ninguém, não querem espancar ninguém, não querem estuprar ninguém nem fazem qualquer apologia à tortura ou culto aos militares.

 

É isso. De um lado, há desesperados, plenos de ódio e abismo, com (e por) Bolsonaro. Na outra ponta, há a entidade de "brancos, nulos e não votos". Fora disso, Lula, Alckmin (seria melhor, quem sabe, FHC), Ciro Gomes, Marina, Álvaro Dias, e alguns poucos outros candidatos, estão mais ao Centro, com pouca (mas, alguma) variação na política econômica e variação nas políticas públicas entre eles.

 

Pietro Nardella-Dellova

 


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lunedì 2 aprile 2018

Resumo da Semana: OS LINCHADORES DA DEMOCRACIA E OS PORTADORES DE IDEIAS FIXAS DOENTIAS, por Pietro Nardella Dell'ova

Resumo da Semana: OS LINCHADORES DA DEMOCRACIA E OS PORTADORES DE IDEIAS FIXAS DOENTIAS
por Pietro Nardella-Dell'ova
Hoje, por acaso, ouvi um comentário do jornalista Ricardo Boechat, lamentando, questionando e, em determinados momentos, colocando a PGR e o STF sob "suspeita", porque os dez detidos (prisão temporária), sob autorização do Min. Barroso, STF, a pedido de Raquel Dodge, PGR, foram liberados no final de semana, mais ou menos, dois dias depois de terem sido presos. Entre eles, dois antigos amigos de Temer!
O jornalista lamentou pelo motivo errado (e, imperdoavelmente, bem raso). Deveria, sim, ter lamentado, não pela soltura, mas pela anterior ordem de prisão, absolutamente desnecessária e ilegal e, lógico, inconstitucional, já que nenhum deles estava fugindo ou negando-se a depor.
A fala de Boechat, que foi a mesma de outros tantos, a começar pelos "comentaristas da Globo", é doentia. Eles querem prisão, têm insaciável fome de prisão, e falam do alto de um moralismo babaca a fazer inveja aos piores Estados antidemocráticos, autoritários e teocráticos. Se houvesse fogo como pena, defenderiam o fogo sobre os suspeitos.
Bem, fica aí meu breve comentário. As prisões autorizadas pelo Min Barroso foram desnecessárias, e expressa a sede de justiceiro do Ministro, a gritaria e urros dos jornalistas. Todos apontando para a prisão, seja ela qual for, para quem for, em que momento for, ainda que para um miserável idoso carcomido e, neste momento, apenas investigado. Na verdade, insisto, o problema não está em soltar quem fora preso para depor, mas, ao contrário, o problema muito grave é que tenha sido preso, inconstitucionalmente, para depor!
O Brasil, enfim, está ficando inviável como sociedade democrática e solidária. É, infelizmente, um aglomerado de zumbis (com celulares à mão), uma guerra de todos contra todos! No meio da semana, a "cartinha" que centenas de Juízes e Procuradores assinaram e encaminharam ao STF, exigindo prisão, ainda que não haja "trânsito em julgado" de uma sentença condenatória, somado ao jejum fundamentalista de Dallagnol (o babaca do PowerPoint) para "Deus" prender Lula, é o transbordamento dessa gosma acrítica e autoritária que caracteriza o país desde o final das Eleições de 2014, e, em seguida, a bateção de panelas, o pato amarelo, o impeachment e a destruição do Projeto democrático. Uns e outros são linchadores, antidemocráticos, e portadores de ideias fixas, no caso, ideia fixa de prisão - o que demonstra, por si só, a incapacidade absoluta de discernimento.
[Pietro Nardella-Dell'ova]
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