A CAVERNA
OU,
DA INTELIGÊNCIA CONTEMPORÂNEA
OU,
DA PROFUNDIDADE SOCIAL EM POLÍTICA
Aquela coisa de Filosofia e altos papos... esqueça!
Aquela coisa de Amor e Amar... esqueça!
Aquela coisa de Cidadania e estilo... esqueça!
Aquela coisa de Espíritos elevados e solidariedade... esqueça!
Aquela coisa de Lógica e diálogo... esqueça!
Aquela coisa de Tolerância... esqueça!
Aquela coisa de Humanidade... esqueça!
Aquela coisa... esqueça!
Aquela... esqueça!
Esqueça!
Agora é a hora da rispidez sonora onde mora a estupidez...
É o reino da Caverna, da escuridão, da estatueta,
... do fogo artificial, da demência:
... a inteligência inverna: avulsão brutal, a careta,
... jogo intestinal, incoerência!
Agora é a hora e a vez dos bigatos sociais, da fala desprovida;
Agora é a hora e a vez dos pratos virtuais, das salas mortuárias;
Agora é a hora e a vez da delinquência, da falência: da não vida!
Agora é a hora e a vez da ração, do fedor das vias mamárias...
Os vermes falam!
Os bigatos falam!
Os abutres falam!
Os porcos falam!
Os camarões falam!
Vermes, bigatos, abutres, porcos e camarões: a fala murcha do falo!
Vermes, bigatos, abutres, porcos e camarões: a vagina bloqueada!
Vermes, bigatos, abutres, porcos e camarões: o poder do ralo!
Vermes, bigatos, abutres, porcos e camarões: a gosma colada...
E a mosca fala...
E, então,
a mosca delirante, virtuante, confessa na pressa:
sou mosca
e como merda, merda tosca,
e carne da língua que estressa!
Pietro N-Dellova, 2015
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