alla Filosofia Dialogica, Letteratura, Relazioni Internazionali, Scienze Interculturali, Diritti Umani, Diritto Civile e Ambientale, Pubblica Istruzione, Pedagogia Libertaria, Torah, Kabballah, Talmude, Kibbutz, Resistenza Critica e Giustizia Democratica dell'Emancipazione.
ברוך ה"ה
martedì 29 dicembre 2015
DOUTOR? COMO ASSIM MANÉ?
DOUTOR? COMO ASSIM MANÉ?
(suum cuique tribuere, honeste vivere)
Em que pese o “costume” de se atribuir o título de “Dr.” a
vários profissionais (bons que sejam!), costume esse defendido com
argumentações de A a Z, entre as quais “decretos” monárquicos, primazia de
curso superior, nivelamento ou cópia estadunidense (doctor) etc.
Em que pese o costume e a argumentação, sejamos
esclarecidos, esta não é válida e cabal nem aquele se tornou um direito!
Aliás, espantosa e inacreditavelmente, "direito"
exigido por profissionais, além de bacharéis em direito e médicos, tais como,
psicólogos, dentistas, contadores, despachantes, enfermeiros, administradores.
Há, inclusive, muitos debates, alguns em jornais impressos e outros em meios
virtuais (debates tão antigos quanto o equívoco do título “Dr.”) em que uns
dizem ter mais “direito” que outros ao título de Dr.! Debate banal!
Bem, a argumentação é um tanto (e quanto) falaciosa ou tosca.
O costume é, de fato, um costume, mas não de direito e, portanto, não se
encaixa nos assim chamados “bons costumes”!
O Bacharel em Direito é mesmo Bacharel – e não Dr.! Ingresso
nos quadros da Ordem dos Advogados, portanto, com direito a Advogar é, ainda
que seja a mais linda das profissões, um Advogado – eis o título! E mais. Se
Juiz, Juiz! Se Procurador de Justiça, Procurador de Justiça! Se Delegado, Delegado!
Se Professor, Professor! Os títulos são os nomes de suas funções e,
dificilmente, tais profissionais chegam ao Doutoramento, ao Doutor!
O Psicólogo é Psicólogo! O Médico é Médico! O Nutricionista
é Nutricionista!
O título de Doutor existe, de direito, atribuído àqueles que
já sendo Mestres (em algumas Universidades de modo diverso), passam pelo exame
de proficiência em duas línguas para além do vernáculo (geralmente, alemão,
inglês, francês e italiano), cumprem créditos (disciplinas) em Universidades
reconhecidas, escrevem uma Tese absolutamente nova e inovadora e a defendem
(com aprovação) diante de uma Banca formada por Doutores! Eis, agora, sem saúde
e solitário, o Doutor!
Quem fez um Mestrado é Mestre! Quem fez uma Especialização é
Especialista!
Eu sei que muitos dos meus colegas e contatos – até mesmo os
amigos, não concordarão comigo, pois ainda estão anestesiados com o costume e
sob as névoas da má argumentação! Va bene! Continuamos colegas, contatos e
amigos, mas, o título Doutor (Dr.) cabe apenas aos que fizeram um Doutorado
que, por sua vez, não é mais nem menos que os títulos de Advogado, Médico,
Juiz, Procurador, Delegado etc.
A meu ver, é ainda o resquício do espírito lusitano do
bacharelismo que acabou por virar uma espécie de caricatura expressa em cartões
de visita, grossos anéis de formatura, colações de grau (com direito a canudo
vazio e serpentinas). Hoje, diante de um mundo mais inteligente, não é, sequer,
de bom-tom!
Diria mais, apresentar-se como “Dr.” é um tipo sutil da
arrogância de país eternamente colonizado, de estúpida superioridade social, de
analfabetismo profissional e de agressão à inteligência. Uma infantilidade -
para dizer o mínimo!. Geralmente, com um tanto de hipocrisia, os egressos (principalmente
de um Curso de Direito) chamam seu colega de “Dr.”, mas com a perceptível intenção de assim
serem, também, chamados! Bah!
Uma curiosidade à parte. Os Doutores (de direito, pela Tese,
e de fato, pela Pesquisa), em geral, não se apresentam como tais e, muito
menos, em cartões de visita! São profissionais, comumente, Professores, que,
quase em trapos e fusca, vivem orgasmaticamente entre livros, de sebo em sebo,
de giz em giz, de laboratório em laboratório, sem anéis de formatura e, por
desgraça (ou alívio), sem alianças de noivado e casamento - e fazem, neste
silêncio empoado, a diferença cultural e científica em uma sociedade que se
pretende evoluída!
Então, da próxima vez que mandar imprimir cartões de visita
ou cunhar placas oficiais, não se esqueça do princípio jurídico “suum cuique
tribuere” ou, no vernáculo, “dar a cada um o que é seu”. Se for Doutor, de
direito e de fato (não de costume ou argumentação), possivelmente o cartão e a
placa não existirão nem serão necessários, pois Doutores não têm tempo para
isso: o tesão, prazer e orgasmo estão em níveis bem superiores!
Se não for Doutor (de direito) não exija ser chamado assim
e, melhor ainda, recuse tal tratamento! Se for um Juiz, por exemplo, e receber
aquela petição com cabeçalho padrão, determine, de pronto, seja a petição
emendada! Se for Advogado, não escreva tal cabeçalho! Em um ou outro caso:
“honeste vivere” (viver honestamente)!
Mas, se quiser mesmo o cartãozinho com aqueles símbolos
“doirados”, reluzentes, ao ponto de se comunicar com o espaço, informe, com
exatidão, o que é, ou seja, seu título profissional ou acadêmico: Advogado,
Juiz, Procurador de Justiça, Médico, Psicólogo, Contador, Despachante,
Administrador, Nutricionista ou, ainda, Bacharel, Especialista, Mestre. Neste
caso, nunca, nunca mesmo, o título “Doutor”.
Se, por acaso – e por deslize do costume, argumentação, excitação
imoderada ou ejaculação precoce - já tem em mãos os cartões e placas com o
“Dr.”, não se intimide: rasgue-os todos - e arrebente as placas sob golpes de uma
marreta certa e consciente! Aliviado, corra a um boteco e bela uma cachaça, dê
um pouco aos santos e vá fazer amor pelo resto da tarde sem quaisquer títulos. É o que falta!
© Pietro N Dellova
in “DESTRUINDO MITOS E MENTIRAS”, 2000
lunedì 21 dicembre 2015
lunedì 14 dicembre 2015
Direito e Religião - Pietro Nardella Dellova
RELIGIÃO E DIREITO
por Pietro N-Dellova
Abordagem feita na Faculdade de Direito Damásio/DeVry, sobre
RELIGIÃO & DIREITO: ENTRE TEOCRACIA, RELIGIOSISMO E ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
Esta abordagem é a síntese do Projeto para o Seminário "RELIGIÃO E DIREITO",
sob minha Coordenação, idealizado para o primeiro semestre de 2016 em São Paulo. Oportunamente darei maiores informações sobre o Seminário.
Por ora, convido os amigos a refletirem comigo. Eis o vídeo
Prof. Pietro N-Dellova
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domenica 6 dicembre 2015
lunedì 23 novembre 2015
XVIII Semana de Direito da URCA: Palestra e Minicurso com Prof. Pietro N-Dellova
XVIII SEMANA DE DIREITO - URCA
UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI
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Local: Faculdade de Direito
da Universidade Regional do Cariri - URCA
Crato, Ceará
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Palestra:
E AGORA, JOSÉS?
A POLÍTICA DESDE JOSÉ BONIFÁCIO ATÉ JOSÉ SARNEY:
UM BRASIL PARA POUCOS
(uma revisitação à História do Brasil e análise do cenário jurídico e político de ontem e de hoje)
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Minicurso:
DIREITO CIVIL: DIREITO DAS FAMÍLIAS
Programa
1. Histórico da Família:
1.1. Patrimonial, Medieval, Proletária e Afetiva
2. A Família pós-moderna
2.1. Direitos Fundamentais e Famílias
3. Família, Famílias e Núcleos Familiares
4. Os Núcleos Familiares e o Afeto como valor jurídico
5. Filiação: biológica, jurídica e afetiva
6. Divórcio, Separação e Desfazimento como Direito substantivo
7. Movimentos de retrocesso no Legislativo federal
8. Proteção Civil-Constitucional dos Núcleos Familiares
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venerdì 20 novembre 2015
mercoledì 18 novembre 2015
"NO MUNDO QUE EU IMAGINO (sem fuzis nem parágrafos)"
NO MUNDO QUE IMAGINO
(sem fuzis nem parágrafos)
No mundo que eu imagino - e defendo, ninguém é executado por usar drogas, aliás, nem preso! Ninguém é queimado ou apedrejado por ser gay, lésbica, amante, travesti, homem, mulher, negro, branco, ateu, comunista, anarquista, judeu, católico, evangélico, agnóstico, budista, macumbeiro. Ninguém é fuzilado, eletrocutado, serrado, esquartejado, enforcado, crucificado, linchado. Ninguém é proprietário ou usufrutuário (nem o Estado!), mas todos são usuários, habitadores, em igual modo e proporção. Ninguém lucra sobre outra pessoa, mas todos cooperaram, produzem, consomem, festejam, cantam, dançam, celebram. No mundo que imagino ninguém paga tributos a quaisquer entidades, religiosas ou administrativas. Ninguém é condenado por adorar seus deuses e ter seus livros sagrados, mas, também, ninguém é condenado por blasfemar contra os deuses nem por rasgar textos sagrados. No mundo que imagino há conflitos, muitos, mas ninguém os resolve nos Fóruns diante de "Autoridades" que desconhecem a realidade das Vilas e Vilarejos, diante de "Autoridades" que trazem "cartilhas" e "enunciados" codificados e uniformes para todos, porque não há todos, há indivíduos! Nem, muito menos, resolvem seus conflitos diante de Tribunais distantes ou nos Tribunais que ficam inacessíveis nas Capitais (nem há Capitais no mundo que imagino): os conflitos são resolvidos na Vila, no Vilarejo, com a participação de todos ao redor da mesa com café e pão à disposição dos presentes. No mundo que imagino não há Autoridade; há Solidariedade! Não há Poder, qualquer Poder, sequer simbólico! Ninguém estuda para servir o Mercado, mas há Mercado, Mercado Popular; estuda-se para - e pelo - Conhecimento, Emancipação e Desenvolvimento Individual e Humano. No mundo que imagino não há Mercado de Capitais nem Bancos, não há Sócios anônimos. Ninguém tem CPF - tem Nome. Ninguém é discriminado por usar (ou não usar) cabelos compridos (naturais ou tingidos), ser careca ou usar perucas, deixar a barba, o bigode ou rapar tudo, usar maquiagem, piercing, tatuagem, calça, vestido, sutiã, chinelo, sapatos, botas, camisa, gravata. Ninguém é humilhado por ser mais gordo ou mais magro, por ser criança, jovem ou idoso. No mundo que eu imagino não há diferença entre trabalho braçal ou intelectual, rural ou urbano, entre carregar uma enxada ou um livro, entre limpar privadas ou escrever sobre a lousa, entre plantadores de sementes e cantadores dos amares. Nenhuma mulher é processada ou condenada por fazer o aborto. Ninguém é bisbilhotado e difamado por ser separado, divorciado, por comer carnes ou vegetais, por beber café ou cognac. Nenhum homem manda em mulher, aliás, nenhum homem e nenhuma mulher mandam em quaisquer pessoas. Não há policiais militares - nem parágrafos! Não há portadores de bandeiras ou de fuzis! Não há zoológicos! No mundo que imagino, o Amor é Livre, total e absolutamente Livre. Não há Fidelidade nem Moral, mas há Ética!
Pietro N-Dellova
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G. Puccini - O MIO BABBINO CARO - Anna Netrebko
A te, mio babbino caro...
offro
Anna Netrebko
cantando
O MIO BABBINO CARO
(O my dear daddy)
di Giaccomo Puccini
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O mio babbino caro
Mi piace è bello, bello
Vo'andare in porta rossa
A comperar l'anello!
Sì, sì, ci voglio andare!
E se l'amassi indarno
Andrei sul ponte Vecchio
Ma per buttarmi in arno!
Mi struggo e mi tormento!
O, Dio, vorrei morir!
Babbo, pietà, pietà!
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giovedì 5 novembre 2015
Giz, Indignidade & Águas Sujas da Patifaria Ilimitada
GIZ,
INDIGNIDADE
& ÁGUAS SUJAS DA PATIFARIA
ILIMITADA
Quando falta "dignidade" a uma pessoa, dizemos que ela é indigna, mas quando três pessoas não se apresentam com a "dignidade" que o Magistério Superior exige, dizemos que há "pacto de patifes"! E, por "patifes", refiro-me a quaisquer pessoas que nada sabem - nem saberão - algo, superficial que seja, sobre dignidade Acadêmica, Gizes com dignidade e Magistério com dignidade!
Enfim, há águas sujas que tomam de assalto os corredores e fazem feder a Universidade...
Pietro N-Dellova, 2015
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martedì 3 novembre 2015
outra vez, do mesmo CENTRÍFUGA
CENTRÍFUGA
(outra vez, do mesmo)
Se há algo que me irrita sobremaneira é quando um governo, um parlamentar, um sacerdote, um líder qualquer religioso ou qualquer "tomador" do poder e autoridade (sempre ilegítimo!), para logo querem me uniformizar, marcar, numerar, igualar, acondicionar, armazenar e me converter em um "contribuinte", um "eleitor", uma "ovelha ou boi" e um "objeto/coisa numerado", enfim, em um anencéfalo, acrítico, massificado e descaracterizado.
Irrita-me essa coisa de coletivização, azul ou vermelha, porque deixo de ser um Eu, deixo de enxergar um Tu e não experiencio a Solidariedade - apenas possível onde as pluralidades individuais são respeitadas!
Pietro N-Dellova, 2015
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"Alguns" ASPECTOS DA INDIVIDUALIDADE
ALGUNS ASPECTOS DA INDIVIDUALIDADE
por Pietro N-Dellova
Pietro N-Dellova
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por Pietro N-Dellova
A vida íntima das Pessoas não me interessa, e não é (nem poderia ser) objeto de especulação ou defesa. Já é uma luta (cotidianamente bastante) que eu defenda a minha própria intimidade e as minhas relações interpessoais, ou seja, que eu defenda minha individualidade contra autoridades e abusos de natureza vária.
Cada qual é absoluta e exclusivamente titular da sua vida íntima e do que faz com ela, bem como com quem se relaciona.
Mas, a Intimidade e o Afeto, enquanto valores individuais juridicamente protegidos, interessam-me de modo especial, pois são, de início, limitadores a qualquer intromissão de outrem, são placas com os dizeres: "não ultrapasse". É nesse sentido que faço guerra constante a quaisquer pessoas (e suas ideias e projetos) em movimento para obstruir ou impedir a plenitude da Intimidade e do Afeto de cada (individual) pessoa. A Intimidade e o Afeto (individuais) são valores absolutos e a ninguém é dado o direito de imiscuir-se ou transitar nesse espaço/tempo de individualidades.
Por isso mesmo, a cada vez que um grupo de religiosos (ou moralistas idiotizantes e caricaturizados) sai de seu espaço privado, onde deve ser mantido sob correntes jurídicas, para invadir o espaço público, plural e multifacetado, com suas unidimensionalidades, suas teologias insustentáveis, seus desvarios de possessão e seu discurso vagabundo, coletivizante e uniformizador, a fim de, com ideias ou atos, invadir e violar o direito à Intimidade, ao Afeto, ou seja, à Individualidade de outrem, querendo com isso criar um pasto, um redil, um rebanho, um ajuntamento de massas tributárias e, sobretudo, usando a força da lei, merece ser contraposto, resistido, combatido e publicamente derrotado.
A individualidade (diria mesmo, o individualismo - que não se confunde com egoismo) do qual são características fundamentais, a Intimidade, a Sexualidade e o Afeto, não pode ser submetida à baba do moralismo unificador, pulverizador e politicamente dominante.
Pietro N-Dellova
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venerdì 30 ottobre 2015
TÍTULOS CAMBIAIS, TÍTULOS CAMBIARIFORMES E VALORES MOBILIÁRIOS NO TRESFOLEGANTE MERCADO DE TÍTULOS E DE CAPITAIS
Prof. Pietro N-Dellova
Minicurso em São Paulo
Grupo de Pesquisa NUDAR - Teorias Críticas Aplicadas ao Direito
Janeiro/2015 - 40 horas
(informações no comentário a este post)
Programa
1. Contexto Histórico do Comércio: Hebreus, Árabes e Europeus
2. Contexto Histórico das Companhias de Navegação
3. O Nascimento das Sociedades Anônimas
4. Sociedades de Pessoas e Sociedades de Capitais
5. As Sociedades por Ações de Capital Aberto e Fechado
6. Títulos Cambiais
7. Títulos Cambiariformes
8. Valores Mobiliários
9. Mercado de Títulos
9.1. Bolsa de Valores e BM&F
9.2. Mercado de Balcão
9.3. Mercado fechado
10. Direito Cambiário e Mercado de Capitais
11. Obrigações: civis, empresariais e cambiais
12. Legislação Aplicável
13. Direito Civil, Direito Comercial, Direito Empresarial e Direito Privado: em busca de um microssistema que suporte o movimento do Capital
14. Limites Éticos, Constitucionais e Infraconstitucionais para o Capital
Prof. Pietro N-Dellova
giovedì 29 ottobre 2015
A Crise e o Direito: Uma Análise da Conjuntura do Brasil Atual
O CAD da
Faculdade de Direito da Universidade Padre Anchieta,
convida para a exposição e debates sobre
A CRISE E O DIREITO:
UMA ANÁLISE DA CONJUNTURA
DO BRASIL ATUAL
Com os Palestrantes
PAULO ROBERTO CUNHA
Doutorando e Mestre em Ciência Ambiental - PROCAM pela Universidade de São Paulo (2013).
Atua como Advogado Dativo do Convênio Defensoria Pública de SP e Ordem dos Advogados do Brasil.
JOÃO JAMPAULO JUNIOR
Doutor e Mestre em Direito Constitucional – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Especialista em Didática do Ensino Superior (Pós lato senso).
Atua como Professor Direito Constitucional. Advogado e Consultor Jurídico de diversas Câmaras de Vereadores e Prefeituras
PIETRO NARDELLA-DELLOVA
Doutoramento (em curso) em Ciências Sociais e Jurídicas pelo PPGSD da Universidade Federal Fluminense, Niterói. Mestre em Direito pela Faculdade de Direito da USP. Mestre em Ciências da Religião pela PUC/SP. Pós-graduado em Direito Civil e em Literatura. Graduado em Filosofia e Direito.
Atua como Professor de graduação e pós-graduação desde 1990, lecionando Direito Civil e Direitos Humanos em várias Universidades. É Coordenador do Grupo de Pesquisa NUDAR - Teorias Críticas Aplicadas ao Direito Civil, SP. É Membro da UBE - União dos Escritores, com vários Livros publicados e centenas de Artigos; é participante da ABEDI - Associação de Ensino Jurídico; membro do Gruppo Martin Buber (Roma/Milano per i dialoghi tra israeliani e palestinesi); Socio dellAssociazione socio-culturale Notre Napul a Visionaire (Napoli).
Local/Data
Faculdade de Direito da Universidade Padre Anchieta
7/11/2015, às 10h
sabato 24 ottobre 2015
uma Força "SEM NOME"
(SEM NOME)
Há uma Força maior que a minha,
acima,
superior,
para a qual não tenho um "nome":
é uma Força sem Nome,
uma Força que não nomino
pois não a desejo
dominada nem controlada...
Uma Força que não é Moral nem Ética,
não é Política nem Jurídica,
não tem Bandeira nem Povo,
não Come nem Bebe,
não é Justa nem Injusta,
não é Boa nem Má,
não é Masculina nem Feminina;
é Força incompreensível,
Força que não compreendo!
É a Força sem Nome
que me faz quieto, bem quieto, em silencioso respeito...
Força que me faz levantar e ir.
Por isso não paro nem fico, vou apenas,
porque posso me levantar, e posso ir...
Pietro N-Dellova
*
giovedì 15 ottobre 2015
Professor-Estudante
PROFESSOR-ESTUDANTE
por Prof. Pietro N-Dellova
* foto: uma das quatro caixas de gizes que me acompanham nestes anos todos de Magistério.
*
por Prof. Pietro N-Dellova
Queridos e Queridas Estudantes e ex-Estudantes, recebi, hoje, dezenas de mensagens de cumprimentos pelo DIA DOS PROFESSORES.
É sempre emocionante esse tipo de mensagem, tanto a mim quanto a outros queridos Professores. Afinal, formamos uma equipe: Professores & Estudantes, da qual depende o presente e futuro de qualquer Povo que se respeite.
Minha experiência de mais de duas décadas na Sala de Aula, eu bem sei, autoriza-me a dizer que o Magistério é a atividade maior, melhor, mais elevada e, sobretudo, plenamente humana!
Não se trata de "missão", mas de "experiência" dialógica! Ensinar é um ato irreligioso e ateológico de AMAR!
E, assim, sigo adiante, no diálogo, nos encontros, nas cantinas, nos cafés, nas bibliotecas universitárias, nos corredores, nas provocações e testemunhando ingressantes desenvolverem suas capacidades, potencial, habilidades e se tornarem egressos e, daí, respeitáveis profissionais.
Sigamos, juntos, nesta parceria PROFESSOR-ESTUDANTE!
Abraço libertário a todos vocês, meus queridos e minhas queridas, pois libertária é a Educação que conheço e reconheço. Abraço cordial e fraterno a todos os Professores e Professoras neste dia especial.
Prof. Dellova
(Pietro N-Dellova)
* foto: uma das quatro caixas de gizes que me acompanham nestes anos todos de Magistério.
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mercoledì 14 ottobre 2015
Módulo "OS DESAFIOS DA FAMÍLIA NA CONTEMPORANEIDADE"
NÚCLEOS FAMILIARES
Estimados alunos e alunas, salve!
Em breve retomamos os Encontros no Rio de Janeiro na já querida
Pós-graduação em Direito Civil e Processo Civil da Estácio.
Serão vários finais de semana, agora na área pluralíssima e multifacetada de Direito Civil: Núcleos Familiares - em chave de Direitos Fundamentais e Humanos:
O Módulo:
OS DESAFIOS DA FAMÍLIA NA CONTEMPORANEIDADE
Os principais Tópicos:
1. Famílias: matrimonializadas, monoparentais e uniões estáveis heteroafetivas.
2. A família homoafetiva
3. Homoparentalidade
4. Filiação e reprodução medicamente assistida
5. Afetividade e cuidado
6. Alienação parental
7. Alimentos gravídicos e cadastro de proteção ao credor de alimentos
8. Uniões Paralelas
Espero encontrar todos por lá e, sobretudo, que me paguem um cafezinho ou uma tapioca.
Abraços
Prof. Pietro N-Dellova
"Zumbilização"
ZUMBILIZAÇÃO
por Pietro N-Dellova
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por Pietro N-Dellova
Eu não sei ainda a diferença (e nem sei se há diferença)
entre os zumbis, os que se drogam diuturnamente, os que fazem sexo psicótico com plástico
e aqueles, todos aqueles,
que mantêm seus celulares (respectivos e similares) ligados, conectados e em uso deseducado, com sinais evidentes de abdução, idiotização, alienação, desinteligência e insensibilidade (cabeça baixa, dedos nervosos e aquela risadinha característica que a todos iguala), nos metrôs, na sala de jantar, na sala de estar, na sala de audiência, nos templos, nas salas de teatro e cinema, nos Cafés, no pátio, na cantina, nos corredores, nos auditórios de palestras, nas reuniões, nas salas de aula (no meio da aula), nas salas de professores e, pior que tudo, antes (durante e depois) do sexo!
Seria cômico se não fosse triste. Seria apenas deselegante não fosse já uma psicopatia e estupidez! Seria ridículo não fosse o rompimento completo de (e em) qualquer encontro!
Enfim, aos mortos-vivos entre mortos-vivos, os mortos-vivos!
Pietro N-Dellova, 2015
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domenica 11 ottobre 2015
agli amici Cattolici, offro AVE MARIA
AGLI AMICI CATTOLICI
(to my Catholic friends)
Ai miei cari amici cattolici, che hanno uno dei più bei servizi religiosi in termini culturali: "il culto di Maria", offro la bellissima
AVE MARIA
musica di Franz Schubert (Ellens dritter Gesang, 1825) adattata al testo cattolico latino "Ave Maria", nella stupenda interpretazione di Luciano Pavarotti (1978). Eccola!
Ave Maria
Vergin del ciel
Sovrana di grazie e madre pia
Accogli ognor la fervente preghiera
Non negar
A questo smarrito mio amor
Tregua nel suo dolor!
Sperduta l'alma mia ricorre a te
E piena di speme si prostra ai tuoi pi?
T'invoca e attende la vera pace
Che solo tu puoi donar
Ave Maria!
Ave Maria, gratia plena,
Maria, gratia plena
Maria, gratia plena
Ave Ave Dominus
Dominus tecum,
Benedicta tu in mulieribus,
Et benedictus
Et benedictus fructus ventris
Ventris tui, Iesus.
Ave Maria.
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Vi auguro una buona celebrazione
Abbracci
Pietro N-Dellova
Vi auguro una buona celebrazione
Abbracci
Pietro N-Dellova
giovedì 8 ottobre 2015
Italia Ebraica e Unione Delle Comunità Ebraiche Italiane
ITALIA
EBRAICA
http://moked.it/italiaebraica/
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UNIONE DELLE COMUNITÀ
EBRAICHE ITALIANE
http://www.ucei.net/
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mercoledì 7 ottobre 2015
A doença, a ideia fixa, os ratos da Câmara e a bunda virada para a sociedade
A DOENÇA, A IDEIA FIXA DO GOLPE, OS RATOS DA CÂMARA E A BUNDA VIRADA PARA A SOCIEDADE
por Pietro N-Dellova
Notas:
Pietro N-Dellova, 2015
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*
por Pietro N-Dellova
Não é a Dilma (este nome desperta teus ódios e rancores inexplicáveis?) quem parou o Brasil. É a Câmara dos Deputados, especialmente sob a "vara" de Eduardo Cunha (este nome não te diz nada?). Não, não é a Dilma, não é ela, por pior que seja. É a Câmara dos Deputados que ontem, ficou claro, não compareceu para decidir sobre "vetos presidenciais", dos quais depende o movimento econômico!
Tipos como Eduardo Cunha - e seu bando, bem como Carlos Sampaio (e outros anencéfalos) estão unidos com um propósito: derrubar o governo! Para Carlos Sampaio, o pato pateta do PSDB, não importa que Cunha tenha comprovadamente recebido mais de 5 milhões de dólares de desvios. Eduardo Cunha é necessário para o golpe!
Este é o nível dos "representares" do povo! Este é o nível da Câmara dos Deputados. Este é o estado terminal de um país parado faz dez meses por conta de uma ideia fixa: morder, sangrar e deixar moribundo um governo (por pior que seja) e, finalmente, golpeá-lo do modo mais vil e antidemocrático possível.
É com feras ensandecidas pelo poder que estamos lidando - e não com a Presidente (ou presidenta, como quiserem). É com o bando de hienas, com gente suja e indigna, com vagabundos insensíveis que pouco se importam com os reais e terríveis problemas do país. É com a Câmara dos Deputados, repleta de ratos em festim, repleta de estelionatários, repleta de bandidos, repleta de criminosos, cuja única ocupação é o festim, o estelionato, o banditismo, o crime e a bunda virada para toda a sociedade!
Notas:
1) O que respondeu o Eduardo Cunha sobre a ausência dos Deputados Federais na reunião do Congresso, ontem, para decidir sobre os vetos? Com uma cara de "foda-se o país", respondeu: <<os Deputados não poderiam chegar ao Congresso tão cedo (8:30)>>
2) O que falou o Carlos Sampaio, do PSDB, sobre os 5 milhões de dólares (comprovados oficialmente) nas contas do Eduardo Cunha? Com sua cara de "foda-se o país", respondeu: <<não há nada que comprove sua conduta criminosa...>>
Pietro N-Dellova, 2015
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giovedì 1 ottobre 2015
Edital para Turma 2016: MESTRADO E DOUTORADO: PPGSD-UFF
MESTRADO E DOUTORADO
PPGSD-UFF
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM SOCIOLOGIA E DIREITO
DA
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
EDITAL PARA TURMA 2016
www.sociologiaedireito.uff.br
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"AS VACAS, OS BOIS, A ESTUPIDEZ & O SAGRADO"
AS VACAS, OS BOIS, A ESTUPIDEZ E O SAGRADO
por Pietro N-Dellova
Faz alguns dias, em nome de uma vaca sagrada, alguns naturais da Índia, a terra de Gandhi, o criador da Ahimsa (não violência), mataram (com linchamento) um muçulmano, quer dizer, um ser humano feito, conforme pregam os religiosos, à imagem e semelhança do "Criador" (que supostamente teria comido a vaca sagrada - refiro-me ao muçulmano).
Em nome de babaquices teológicas, os bois do Congresso Nacional brasil(eiro) andam querendo matar pessoas e famílias (plurais), já feridas diuturnamente com os discursos do ódio religioso.
Muitos evangélicos, cobradores de "dízimos sagrados", entre os quais os bois do Congresso, (que chamam suas "ovelhas inadimplentes ou em mora" de roubadores de "deus", citando o Profeta Malaquias, um hebreu - que não era evangélico, não conheceu o Brasil nem, muito menos, as ovelhas inadimplentes e em mora) são, com a Bíblia na mão, contrários aos Impostos profanos.
Paulo Skaf, o profeta, digo o presidente da poderosa FIESP, faz campanha contra a suposta CPMF e, também, a favor da Precarização dos Direitos (consagrados)Trabalhistas (em ambos os casos, em nome de quem?).
Em nome da Veja e, também, da Globo, muitos querem comer (pelos lados) sua "Presidenta", a que chamam, desavergonhadamente - e ao som do Hino Nacional (muito sagrado para futebol), de Vaca!
A PM do Rio, a Cidade Maravilhosa, dita "pacificadora" (refiro-me à PM) mata todos os dias, sem parar, assim como sua irmã, a PM de São Paulo, homens negros, jovens e favelados (nada sagrados).
E, por falar em São Paulo, o seu governador, um boi, ganhou um prêmio, prêmio por gestão das águas (que não existem nem para as vacas!).
E, finalmente, já que falamos em "índias", os brancos, em nome do "deus" Mercado, sagrado, santo, sacrossanto, único e absoluto, matam índios e índias, digo, indígenas, na bala, na pancada, no esquartejamento ou, pior que tudo, expulsando-os de suas terras sagradas - para o progresso econômico! Já o fizeram, outrora, em nome da Trindade cristã (da qual Jesus, que não era "deus" - nem cristão, faz parte constitutiva), ainda invocada pela Bancada religiosa - e ruralista, para esmagar ateus, gays, lésbicas, travestis, indígenas e respectivos, que, apesar dos religiosos - e ruralistas, seriam, não restam dúvidas, acolhidos, protegidos e amados pelo homem Jesus (lógico, quando não era ainda "deus" nem Trindade!).
Pietro N-Dellova, 2015
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sabato 26 settembre 2015
"Poema dos Esgotos e da Merda Diversa"
POEMA DOS ESGOTOS
E DA MERDA DIVERSA
aquela coisa de Filosofia e altos papos... esqueça!
aquela coisa de Amor e Amar... esqueça!
aquela coisa de Cidadania e estilo... esqueça!
aquela coisa de Espíritos elevados e solidariedade... esqueça!
aquela coisa de Lógica e diálogo... esqueça!
aquela coisa de Tolerância... esqueça!
aquela coisa de Humanidade... esqueça!
aquela coisa... esqueça!
aquela... esqueça!
ESQUEÇA!
agora é a hora da rispidez sonora onde mora a estupidez...
é o reino da Caverna, da escuridão, da estatueta,
... do fogo artificial, da demência:
... a inteligência inverna: avulsão brutal, a careta,
... jogo intestinal, incoerência!
agora é a hora e a vez dos bigatos sociais, da fala desprovida;
agora é a hora e a vez dos pratos virtuais, das salas mortuárias;
agora é a hora e a vez da delinquência, da falência: da não vida!
agora é a hora e a vez da ração, do fedor das vias mamárias...
AGORA NÃO HÁ ÁGORA!
os vermes falam!
os bigatos falam!
os abutres falam!
os porcos falam!
os camarões falam!
FALOCÊNTRICO!
vermes, bigatos, abutres, porcos e camarões:
a fala murcha do falo!
a fala murcha do falo!
vermes, bigatos, abutres, porcos e camarões:
a vagina bloqueada!
a vagina bloqueada!
vermes, bigatos, abutres, porcos e camarões:
o poder do ralo!
o poder do ralo!
vermes, bigatos, abutres, porcos e camarões:
a gosma colada...
a gosma colada...
e a mosca fala...
e, então,
a mosca delirante, virtuante,
confessa na pressa:
confessa na pressa:
sou mosca
e como merda ("como" do verbo comer),
comer merda tosca,
comer merda tosca,
e carne da língua que estressa!
MERDA DIVERSA!
© Pietro N-Dellova, 2015
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venerdì 25 settembre 2015
O Que é Família? (um rápido comentário sobre o desvario parlamentar)
FAMÍLIA
(um rápido comentário sobre o desvario parlamentar)
O que é Família?
É muita coisa (e pode ser muita coisa), menos o que a "comissão especial" (da Câmara) definiu no dia de hoje em face do Projeto de Lei n. 6583/2013 (Estatuto da Família). Aliás, como eu já disse em outra ocasião, especialmente, em Artigo para o Programa de Rádio, no Paraná (vide "Congresso Conservador Ameaça Direitos Conquistados"), o "parecer" da Comissão é um atraso, por si só, em relação ao Direito e, em especial, aos Núcleos Familiares. É um retrocesso ao século XIX. É atraso, muito atraso!
Eis um dos retrógrados Artigos do Projeto de Lei n. 6583/2013, aprovado pela Comissão:
(...)
Para os fins desta Lei, define-se entidade familiar como o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
(...)
Obviamente que a definição da dita Comissão sequer pode prosperar (no processo legislativo), por várias razões socioeconômicas, mas, por duas legais, tanto de caráter constitucional quanto infraconstitucional, respectivamente, Artigo 5º, XXXVI da CF/88 e Artigo 6º da LINDB (apenas para citar os dispositivos mais expressivos):
"A Lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada"
Pois bem, já está decidido pelo STF e, portanto, é "coisa julgada", a união entre pessoas do mesmo sexo como Núcleo familiar (desprezado, agora, pela comissão parlamentar e pelo Projeto de Lei n. 6583/2013). Qualquer nova lei não pode repercutir sobre este fato (social e jurídico). É coisa julgada e, mais, estabelecida no Direito que, não entenderam os parlamentares, não pode ser modificada. Não se tiram direitos! Além disso, o "projeto" passado pela Comissão não contempla outras famílias, por exemplo, as recompostas, famílias afetivas (por exemplo, filhos de criação), uniões plúrimas, entre irmãos e, ainda, de uma pessoa só, com visíveis impactos, se aprovado o parecer da comissão, sobre o patrimônio, especialmente, no que respeita à Usucapião e Impenhorabilidade do Bem de Família. Cito apenas o mais básico na ordem patrimonial. Há mais, muito mais, pelo ângulo Previdenciário, Trabalhista, Tributário, Civil, Processual Civil, Penal, Processual Penal, entre outros e, repetindo, CONSTITUCIONAL!
Por outro lado, a "comissão" quer alterar o texto da Constituição? Sim, pois sequer a CF/88, em seu Artigo 226, definiu que "família seja núcleo formado pela união entre homem e mulher", aliás, nem casamento aparece na Constituição como "união entre homem e mulher". O Constituinte de 1987 nem mesmo definiu família (o que fez bem, pois a ideia é aberta). Poderia a lei modificar a Constituição? Na cabeça dos mais retrógrados parlamentares, sim, já que desconhecem a Carta Magna! A CF/88 tratou, acertadamente, a família como base da sociedade (Art. 226), pois é mesmo, sem dispor de como pode ser formada, já que o mencionado Artigo é aberto e já foi objeto de profunda hermenêutica pelo STF, especialmente no que concerne ao alcance de tantas possibilidades.
Família é um setor com o qual o legislador não deveria se (pre)ocupar, pois não se trata de matéria legal (ou que possa ser quadrificada pela lei), mas, ao contrário, para além do alcance legislativo, trata-se de relações de afeto de caráter horizontal e plural. Quando muito, o legislador deve se ocupar com questões patrimoniais, a fim de garantir que os bens sejam protegidos. Não pode o legislador estrangular os Núcleos familiares, definindo "família"!
Sabe o legislador (e sua comissão) o que é "domus"? Sabe o legislador o que é "famulus" (palavra que designa a origem da família entre os romanos)? Sabe o legislador o que é família eclesiástica (medieval)? Sabe o legislador o que é família proletária? Sabe o legislador o que é família afetiva? Não! O legislador brasil-eiro nada sabe disso ou daquilo, apenas quer estabelecer no país seus dogmas "religiosos", "equivocados" e "inconstitucionais".
Enfim, o desvario parlamentar (que parece não ter fim na atual legislatura) anda fazendo estragos no Direito. Por quê? Porque lê o Direito como capítulos e versículos, mas o Direito poucas vezes é "capítulo", aliás, poucas vezes é lei. E nunca, nunca mesmo, é versículo!
Pietro N-Dellova, 2015
Prof. de Direito Civil
Mestre em Direito pela USP
Mestre em Ciências da Religião pela PUC/SP
Doutoramento em curso pela UFF - Universidade Federal Fluminense
Formado em Direito e em Filosofia
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(um rápido comentário sobre o desvario parlamentar)
O que é Família?
É muita coisa (e pode ser muita coisa), menos o que a "comissão especial" (da Câmara) definiu no dia de hoje em face do Projeto de Lei n. 6583/2013 (Estatuto da Família). Aliás, como eu já disse em outra ocasião, especialmente, em Artigo para o Programa de Rádio, no Paraná (vide "Congresso Conservador Ameaça Direitos Conquistados"), o "parecer" da Comissão é um atraso, por si só, em relação ao Direito e, em especial, aos Núcleos Familiares. É um retrocesso ao século XIX. É atraso, muito atraso!
Eis um dos retrógrados Artigos do Projeto de Lei n. 6583/2013, aprovado pela Comissão:
(...)
Para os fins desta Lei, define-se entidade familiar como o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
(...)
Obviamente que a definição da dita Comissão sequer pode prosperar (no processo legislativo), por várias razões socioeconômicas, mas, por duas legais, tanto de caráter constitucional quanto infraconstitucional, respectivamente, Artigo 5º, XXXVI da CF/88 e Artigo 6º da LINDB (apenas para citar os dispositivos mais expressivos):
"A Lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada"
Pois bem, já está decidido pelo STF e, portanto, é "coisa julgada", a união entre pessoas do mesmo sexo como Núcleo familiar (desprezado, agora, pela comissão parlamentar e pelo Projeto de Lei n. 6583/2013). Qualquer nova lei não pode repercutir sobre este fato (social e jurídico). É coisa julgada e, mais, estabelecida no Direito que, não entenderam os parlamentares, não pode ser modificada. Não se tiram direitos! Além disso, o "projeto" passado pela Comissão não contempla outras famílias, por exemplo, as recompostas, famílias afetivas (por exemplo, filhos de criação), uniões plúrimas, entre irmãos e, ainda, de uma pessoa só, com visíveis impactos, se aprovado o parecer da comissão, sobre o patrimônio, especialmente, no que respeita à Usucapião e Impenhorabilidade do Bem de Família. Cito apenas o mais básico na ordem patrimonial. Há mais, muito mais, pelo ângulo Previdenciário, Trabalhista, Tributário, Civil, Processual Civil, Penal, Processual Penal, entre outros e, repetindo, CONSTITUCIONAL!
Por outro lado, a "comissão" quer alterar o texto da Constituição? Sim, pois sequer a CF/88, em seu Artigo 226, definiu que "família seja núcleo formado pela união entre homem e mulher", aliás, nem casamento aparece na Constituição como "união entre homem e mulher". O Constituinte de 1987 nem mesmo definiu família (o que fez bem, pois a ideia é aberta). Poderia a lei modificar a Constituição? Na cabeça dos mais retrógrados parlamentares, sim, já que desconhecem a Carta Magna! A CF/88 tratou, acertadamente, a família como base da sociedade (Art. 226), pois é mesmo, sem dispor de como pode ser formada, já que o mencionado Artigo é aberto e já foi objeto de profunda hermenêutica pelo STF, especialmente no que concerne ao alcance de tantas possibilidades.
Família é um setor com o qual o legislador não deveria se (pre)ocupar, pois não se trata de matéria legal (ou que possa ser quadrificada pela lei), mas, ao contrário, para além do alcance legislativo, trata-se de relações de afeto de caráter horizontal e plural. Quando muito, o legislador deve se ocupar com questões patrimoniais, a fim de garantir que os bens sejam protegidos. Não pode o legislador estrangular os Núcleos familiares, definindo "família"!
Sabe o legislador (e sua comissão) o que é "domus"? Sabe o legislador o que é "famulus" (palavra que designa a origem da família entre os romanos)? Sabe o legislador o que é família eclesiástica (medieval)? Sabe o legislador o que é família proletária? Sabe o legislador o que é família afetiva? Não! O legislador brasil-eiro nada sabe disso ou daquilo, apenas quer estabelecer no país seus dogmas "religiosos", "equivocados" e "inconstitucionais".
Enfim, o desvario parlamentar (que parece não ter fim na atual legislatura) anda fazendo estragos no Direito. Por quê? Porque lê o Direito como capítulos e versículos, mas o Direito poucas vezes é "capítulo", aliás, poucas vezes é lei. E nunca, nunca mesmo, é versículo!
Pietro N-Dellova, 2015
Prof. de Direito Civil
Mestre em Direito pela USP
Mestre em Ciências da Religião pela PUC/SP
Doutoramento em curso pela UFF - Universidade Federal Fluminense
Formado em Direito e em Filosofia
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domenica 20 settembre 2015
A Caverna ou, Da Inteligência Contemporânea ou, Da Profundidade Social e Política
A CAVERNA
OU,
DA INTELIGÊNCIA CONTEMPORÂNEA
OU,
DA PROFUNDIDADE SOCIAL EM POLÍTICA
Aquela coisa de Filosofia e altos papos... esqueça!
Aquela coisa de Amor e Amar... esqueça!
Aquela coisa de Cidadania e estilo... esqueça!
Aquela coisa de Espíritos elevados e solidariedade... esqueça!
Aquela coisa de Lógica e diálogo... esqueça!
Aquela coisa de Tolerância... esqueça!
Aquela coisa de Humanidade... esqueça!
Aquela coisa... esqueça!
Aquela... esqueça!
Esqueça!
Agora é a hora da rispidez sonora onde mora a estupidez...
É o reino da Caverna, da escuridão, da estatueta,
... do fogo artificial, da demência:
... a inteligência inverna: avulsão brutal, a careta,
... jogo intestinal, incoerência!
Agora é a hora e a vez dos bigatos sociais, da fala desprovida;
Agora é a hora e a vez dos pratos virtuais, das salas mortuárias;
Agora é a hora e a vez da delinquência, da falência: da não vida!
Agora é a hora e a vez da ração, do fedor das vias mamárias...
Os vermes falam!
Os bigatos falam!
Os abutres falam!
Os porcos falam!
Os camarões falam!
Vermes, bigatos, abutres, porcos e camarões: a fala murcha do falo!
Vermes, bigatos, abutres, porcos e camarões: a vagina bloqueada!
Vermes, bigatos, abutres, porcos e camarões: o poder do ralo!
Vermes, bigatos, abutres, porcos e camarões: a gosma colada...
E a mosca fala...
E, então,
a mosca delirante, virtuante, confessa na pressa:
sou mosca
e como merda, merda tosca,
e carne da língua que estressa!
Pietro N-Dellova, 2015
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Wolfgang Amadeus Mozart: LE NOZZE DI FIGARO complete with double subs Italian-English
LE NOZZE DI FIGARO
Wolfgang Amadeus Mozart (1756 - 1791)
[complete with double subs Italian-English]
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il libretto di LE NOZZE DI FIGARO
Lorenzo da Ponte
http://www.librettidopera.it/zpdf/nozzefig.pdf
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martedì 8 settembre 2015
Ser Professor
SER PROFESSOR
Ser um Professor (eu disse, ser, não estar...) é algo Superior, indiscutivelmente muito Superior. Por quê?
Porque como Professor ninguém me diz quando - ou como - devo parar. Eu sigo sendo, ainda que me neguem o giz e o espaço! Ser Professor me permite não ficar de cabeça baixa, cabisbaixo, diante dos outros, mas, sobretudo, não permite que os outros fiquem de cabeça baixa, cabisbaixos, diante de mim! Ser Professor significa manter minhas asas e desvelar as asas de outrem: é o melhor e maior movimento libertário! É o meu melhor caminho para não me envergonhar, um dia, por virar pó sobre a terra (de onde venho e para onde vou!).
Enfim, sou um Professor possivelmente arrogante, porque não acredito em tolices e humildades dirigidas, em um mundo em guerra cotidiana e exploração diuturna. E, se eu fosse humilde, então, não seria Professor, seria sacerdote, coveiro, enganador, político e vendedor de idolatrias, crendices e pedacinhos do céu!
Pietro N-Dellova, 2015
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