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ברוך ה"ה







lunedì 12 marzo 2018

E ELAS DISSERAM "SIM" (por Pietro Nardella-Dellova)

E ELAS DISSERAM "SIM"
Recebi, hoje, de alguns amigos e amigas, a capa do Jornal "O Globo", com destaque para o casamento de duas mulheres, cuja cerimônia, judaica, aconteceu no Copacabana Palace.
Muitos questionaram o "dinheirão" gasto; outros, a ostentação e, lógico, muitos, a "moralidade" de tal casamento. Alguns (poucos, ainda bem), afirmaram ser uma "violência" contra a Tradição Judaica (trata-se de duas Judias se casando).
Algumas considerações (poucas, bem poucas).
1) Essa ideia de "Tradição Judaica" é tão confusa quanto outra ideia, a de "Povo Escolhido". Em Lógica, chamaríamos tais ideias de "obscuras" (não claras nem adequadas);
2) Na Antiguidade judaica, especialmente, a relatada na Torá, o que hoje chamaríamos de "pluriafetividade", "homoparentalidade", "família extensiva", "família recomposta", paternidade socioafetiva", "maternidade socioafetiva", eram bastante comuns.
3) A questão (bíblica) homossexual deve ser ao menos considerada para estudo, sobretudo, se considerarmos a relação bem próxima, afetiva (e quiçá, sexual), entre o Rei David e Jônatas (filho do Rei Saul, e seu adversário mortal). Por outro ângulo, considerado como Judeu, a relação, ao menos homoafetiva, entre Jesus e João (seu discípulo amado) deve também ser considerada, bem como o poliamor entre Jesus, Madalena e outras duas mulheres (a que foi quase apedrejada e aquela que, ajoelhada, lançou óleos aromáticos sobre as pernas, cabelos e pés de Jesus). Realmente tudo indica um amor muito especial entre Jesus e seu discípulo e, a considerar os relatos neotestamentários, ao menos duas, das três mulheres acima citadas, mantiveram relações íntimas e sexuais com Jesus (de Nazaré). Não se ofendam, disse que, ao menos, tudo isso deve ser considerado.
4) No Tanach (Torá, Profetas e Escritos), chamada pelos Cristãos de Bíblia, nada há que condene a relação (sexual) entre duas mulheres.
5) O casamento entre as duas mulheres, noticiado pelo "O Globo", só pode mesmo causar algum espanto para quem, preso até o cérebro, na cola asfáltica do preconceito e, também, na perversidade da homofobia, ainda quer julgar o mundo a partir de padrões subjetivos e pessoais de moralidade. Aos tais, fica um aviso (já antigo): o que realmente interessa, não é a moral ou o espanto, mas a Ética e o Direito. Quanto a isso, Ética e Direito, as duas mulheres estão tuteladas e protegidas pelo "Estado Democrático de Direito" e pelos "Direitos Fundamentais" e, em especial, pelo Artigo 5º, X, CF/88, que dispõe sobre a inviolabilidade da vida privada e íntima das pessoas. No caso delas, acrescentamos, ainda, o Amor e a busca pela Felicidade que marcam sua relação. Que sejam, então, felizes, e vivam o seu amor, sob as Bênçãos do Eterno.
NOTAL ESPECIAL
O que não deveria ser da Tradição Judaica, bem como da Tradição dos "seguidores" de Jesus (igualmente, Judeu) é a comunhão com poderosos, exploradores, escravagistas, roubadores de almas, especuladores financeiros e praticantes de fofocas, mexericos e maledicências (em hebraico: lashon hará). O Amor e o Amar, incluindo a experiência plena sexual, são de legado judaico (leiamos o Cântico dos Cânticos).
Pietro Nardella-Dellova

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